segunda-feira, 14 de março de 2011

Desenho - a arte de criar ilusões

André Flauzino

O que é o desenho? É fundamental estabelecer uma definição para esta pergunta, aparentemente tão simples, poderiamos definir o desenho como a interpretação de qualquer realidade, visual, emocional, intelectual, etc., através da representação gráfica?
O aprendizado do desenho baseia-se em conhecer e dominar a gramática e a sintaxe da linguagem visual, empregada na re-presentação, ou seja, conhecer e dominar os elementos que se utiliza quando se faz um trabalho visual. O desenho é a base de qualquer trabalho visual, bi ou tridimensional, e é por isso que seu domínio se torna indispensável para o estudante de artes plásticas.
Através do estudo do desenho, o aluno primeiro conhece esses elementos para depois tentar dominá-los. O desenho de observação é um meio para se conseguir isso, mas é importante não confundir o ensino do desenho
com o ensino do desenho de observação. A representação realista num espaço de papel é somente parte do unierso do desenho, pois, através do desenho, podemos usar os pontos, linhas e espaços da linguagem gráfica para comunicar impressões da realidade, sejam elas visuais, emocionais, psicológicas ou intelectuais.
O desenho de observação é sobretudo um meio para se adquirir o domínio sobre os fundamentos do desenho (que não são regras), sobre a percepção visual e sobre o espaço no qual se desenvolve a obra de arte, seja ela bi ou tridimensional, e leva-nos a conhecer todos os elementos que compõem a linguagem gráfica. É um meio para que se conheça a linguagem da arte visual, através de uma investigação da realidade plástica à nossa volta, e para que cada um conheça sua própria maneira de lidar com esta linguagem.
No exercício do desenho de observação desenvolve-se o pensamento analógico e concreto, o senso de proporção, espaço, volume e planos. A sensibilidade e a intuição são aguçadas en-uanto se passa a apreciar melhor os outros elementos da linguagem gráfica: textura, linha, cor, estrutura e composição.
O exercício do desenho realista permite ao estudante adquirir o domínio de todos os elementos da linguagem
visual e gráfica, que é essencial para a interpretação da realidade com total liberdade. Proporciona-lhe a liberdade de exercer a sua criatividade como quiser. Com esse domínio, o modo de interpretação é sempre o resultado de uma opção. Sem esse domínio, a criatividade é sempre limitada. Portanto, o aluno sente confiança
para experimentar linguagens diferentes e também lhe é facilitado o desenho gestual e expressionista.
Portanto, se faz necessário valorizar o desenho e resgatá-lo de um emaranhado de noções equivocadas. Existe uma crescente tendência de confundir o academicismo com o exercício do desenho de observação e o desenho realista. Esta confusão fez com que se estabelecesse o conceito de que o desenho de observação inibe
a criatividade. O resultado disso é que muitos estudantes de arte fogem do desenho com medo de perder sua criatividade. O que perdem, com esta atitude, são exatamente os meios para desenvolvê-la. Há inúmeros exemplos de artistas, tanto clássicos quanto modernos - Picasso, por exemlo - que dominavam o desenho de observação e mesmo assim foram criadores de uma arte inovadora e revolucionária.
Não é o desenho que inibe a criatividade, mas sim a atitude em relação ao desenho. Quando o desenho de observação é ensinado como se fosse baseado em regras, então, realmente, vai prejudicar a criatividade do aluno, assim como qualquer professor que impõe regras, estilos ou soluções inibirá o aluno na busca de sua própria expressão. A observação, é um meio para se dominar o desenho, e é somente dominando o desenho através da educação do olhar que se consegue fazer uma arte completamente livre, onde as soluções são por opção e não por exclusão ou deficiência.
Veremos que o domínio do desenho não depende de habilidade manual, nem de conhecimento de técnicas.Depende de um pensamento diferente. Para poder ver de uma maneira adequada para desenhar, é necessário pensar de uma maneira adequada, diferente do modo utilizado no dia-a-dia.
Podemos considerar os seguintes fundamentos do desenho: composição, proporção, perspectiva linear e tonal, concepção de espaços, eixos, luz e sombra, valor linear e estrutura.
Os fundamentos não são regras de desenho; poderiam ser descritos como o alfabeto da linguagem gráfica. São baseados no conhecimento científico e estético acumulados através dos tempos, desde leis físicas sobre o funcionamento da luz, por exemplo, e estudos sobre a ótica, até conhecimentos psicológicos. Fundamentos podem até ser contrariados, se a melhor solução para uma idéia exigir isso, mas jamais devem ser ignorados.

4 comentários:

  1. Poxaaaaa que legal, hein! Adorei o blog! Quero muito conhecer esse espaço =)
    Valeu profeeeeeee!!


    Vanessa Guida

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  2. gostei muito e açhei tambem interessante .. kkkkkkooooooo .

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  3. Olá gostaria de saber o valor do curso e horário para minha filha.
    Obrigada!!
    Ludmila

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  4. Procura-se: o melhor cartaz da Era Nuclear em 2014

    Concurso de cartaz para o Uranium Film Festival Rio de Janeiro 2014

    Rio de Janeiro, 07 de janeiro de 2014 - O Urânio em Movi(e)mento - festival de cinema do Rio de Janeiro sobre energia nuclear e reconhecido no mundo como International Uranium Film Festival – convida escolas e universidades de arte e design e artistas para fazer o cartaz do festival de 2014.

    O cartaz vencedor irá viajar no mundo com o festival. Junto com o festival, o artista e a escola vencedores irão ganhar reputação no Rio de Janeiro, no Brasil e no exterior. Em 2013, o Uranium Film Festival esteve na capital da Índia, Deli, em Berlim e Munique, na Alemanha, no Window Rock, o capital dos Navajos, no Arizona, em Albuquerque e Santa Fe, no Novo México e conquista agora, em fevereiro, Washington e Nova York.

    Urânio em Movi(e)mento é o único festival do mundo que trata todos os assuntos nucleares: da energia nulcear, bombas atômicas, radioatividade até a mineração de urânio e o lixo nuclear. De Hiroshima a Chernobyl, Goiânia e Fukushima. Arte & Consciência. O festival no Rio de Janeiro vai começar dia 14 de maio, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna. A arte precisa ser enviada para avaliação até 31 de março de 2014. O concurso é gratuito e aberto a artistas e estudantes de arte em geral. "Esperamos muita criatividade para ter um cartaz especial para o nosso festival deste ano", disse a diretora executiva Marcia Gomes de Oliveira, que trabalha também como representante da Agenda 21 para a FAETEC.

    Urânio em Movi(e)mento quer estimular novas produções de filmes sobre toda a cadeia do combustível nuclear. O mundo nuclear já produziu aproximadamente 200 mil toneladas de lixo altamente radioativo, os quais devem ser corretamente guardados por cerca de 100 mil anos. Por isso é importante continuar a informar a sociedade e às próximas gerações sobre os perigos da radioatividade.
    Os principais parceiros do Festival são a Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), a Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (FAETEC) e sua Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch e a Fundação Heinrich Boell Brasil.

    Informações mais detalhadas sobre o festival:
    www.uraniumfilmfestival.org

    Email para envio da arte:
    info@uraniumfilmfestival.org


    International Uranium
    Film Festival Rio de Janeiro


    Rua Monte Alegre. 356 / 301
    Santa Teresa
    Rio de Janeiro / RJ
    CEP 20240-194
    Brasil

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